Lucro real ou ilusão?

2025-06-16

Lucro real ou ilusão?

Saiba a diferença entre lucro operacional e lucro líquido na oficina. 

Quem trabalha com mecânica domina motor, freio, suspensão, mas quando o assunto é número, a conversa já não é tão simples — e isso pode se tornar um problema! Entender quanto a oficina realmente lucra é essencial para crescer com segurança, fazer investimentos conscientes e evitar prejuízos que se escondem nos detalhes do dia a dia.

Dois conceitos fundamentais para essa análise são o lucro operacional e o lucro líquido. Embora pareçam semelhantes, eles representam momentos diferentes do resultado financeiro da empresa, por isso saber diferenciá-los faz toda a diferença.

O lucro operacional é o resultado da atividade principal da oficina. Ele mostra o que sobra depois que a empresa paga todas as despesas necessárias para funcionar no dia a dia. Estamos falando de salários, encargos, peças aplicadas nos veículos, aluguel, energia elétrica, internet, manutenção de equipamentos, marketing, pró-labore, entre outros. Até mesmo gastos pequenos, como cafezinho, paninhos, WD-40 ou a taxa da maquininha de cartão, entram aqui. Por isso, o lucro operacional reflete a eficiência da oficina no seu funcionamento básico: abrir as portas, atender os clientes e entregar os serviços com qualidade. Se sobrou algo depois de pagar tudo isso, esse é seu lucro operacional.

Já o lucro líquido vai além. Ele representa o resultado final da oficina — o valor que de fato aparece no seu caixa, depois de quitar também os gastos não operacionais. Isso inclui aquisição de novos equipamentos, compra de estoques, reformas ou ampliações, aquisição de móveis e imóveis, pagamento de juros sobre empréstimos, dívidas trabalhistas ou fiscais, além da distribuição de lucros ou prêmios a sócios e colaboradores. Ou seja, o lucro líquido é o que realmente sobra e pode ser reinvestido ou retirado pelo proprietário.

Muitos gestores acreditam que o negócio está dando lucro porque percebem uma sobra de dinheiro no caixa. Mas essa percepção pode ser enganosa. Se os gastos não operacionais não forem controlados, esse dinheiro “sobrando” pode ser consumido rapidamente, comprometendo o fluxo de caixa nos meses seguintes. É aí que mora o risco de endividamento, atraso em pagamentos e até prejuízos silenciosos.

Por isso, separar o lucro operacional do lucro líquido ajuda a identificar onde está o verdadeiro problema financeiro: nos custos do dia a dia da operação ou nas decisões de investimento e endividamento? Essa visão clara é essencial para tomar decisões mais seguras e estratégicas. Além disso, manter a gestão financeira em dia é mais do que uma obrigação — é a chave para a longevidade do negócio.

Se você ainda não faz esse tipo de controle, comece de forma simples: anote tudo o que entra e sai, separe os custos do funcionamento da oficina dos demais gastos, e avalie com cuidado o que realmente está sobrando no fim do mês. Uma planilha básica já é suficiente para começar esse controle. Hoje também existem aplicativos que facilitam o controle desses gastos.

Não importa o tamanho da sua oficina — manter o controle financeiro em dia é essencial para garantir o crescimento do seu negócio.

Se precisar de dicas ou apoio para organizar essa parte, acompanhe nossos conteúdos ou fale com a gente pelos nossos canais. Estamos aqui para ajudar sua oficina a evoluir com planejamento, estabilidade e resultados concretos.

 

Karine Quinjalmo
Mãe do Enzo | Filha, irmã e mãe de mecânicos
Consultora especialista na administração de oficinas | CRA-RS 4335/0
@karinequinjalmooficial


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